O Departamento de Atendimento à Família e Menores em Tete, registou quatrocentos e setenta e cinco casos de violência doméstica este ano. Sem avançar dados comparativos, o representante do departamento em Tete, Alberto Sande, avançou que o número representa um aumento de casos de violência doméstica, que podem resultar das medidas de confinamento impostas para prevenção da COVID-19.
Alberto Sande, apontou Moatize, Angónia, Cahora-Bassa e Changara, como os distritos, que apresentam mais casos de violência doméstica. O sector, está a desenvolver actividades de sensibilização das famílias sobre o perigo da violência doméstica através dos órgãos de comunicação social. A combinação de tensões económicas e sociais provocadas pela pandemia e as restrições ao movimento, aumentaram o número de mulheres e crianças que sofreram algum tipo de violência em todo mundo. De acordo com dados do Gabinete de Atendimento à Família e Menores no comando geral da Polícia da República de Moçambique, só nos primeiros meses de vigência do Estado de Emergência foram registados cerca de 2 mil casos de violência, dos quais 1354 são contra a mulher e 212 contra crianças, com maior incidência nas províncias de Maputo, Inhambane, Sofala e Nampula.