O Fundo das Nações Unidas para a Infância informou que 104 países suspenderam os serviços de assistência social por causa da pandemia da COVID-19. O estudo realizado pelo UNICEF pesquisou a situação das crianças após a crise global de saúde pública em 136 nações.
Segundo Henrietta Fore, directora executiva do UNICEF, a COVID-19 aumentou a exposição dos menores à violência devido ao confinamento social quando as crianças ficam sob controlo dos agressores. As medidas impediram que assistentes sociais pudessem visitar os lares para atender as crianças e mulheres vítimas de abusos. Outra consequência negativa da crise foi o encerramento de escolas, em muitos casos, fonte de salvação para crianças que não têm como pedir ajuda em outras partes. A pesquisa do UNICEF mostra que mais de 90 países, tiveram pelo menos um serviço social severamente afectado incluindo África do Sul e Nigéria. A agência da ONU lembra que mesmo antes da pandemia, três em cada quatro crianças, entre dois e quatro anos, estavam expostas regularmente a uma forma de disciplina violenta. Henrietta Fore afirmou que em tempos de crise, os governos precisam de adoptar medidas de curto e longo prazos para proteger os menores da violência incluindo investimentos em assistênciais sociais e criação de linhas de ajuda telefónica.
SABIA QUE…
As uniões prematuras colocam em perigo a rapariga? As uniões prematuras podem ter graves consequências para a rapariga. A adolescente pode ficar sujeita à violência doméstica, abuso sexual por parte do marido, gravidezes precoces que podem afectar negativamente a saúde da rapariga e do bebé e contaminação por infecções de transmissão sexual, incluindo HIV/SIDA. Muitas vezes as uniões prematuras fazem com que a criança abandone os estudos, reduzindo o acesso a mais oportunidades no futuro. A lei moçambicana proíbe o casamento prematuro, tendo como penalização a prisão e pagamento de multas.