De acordo com estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Save the Children, em 70 países, a pandemia deixou mais 150 milhões de crianças na pobreza. Dados do estudo revelam que antes da pandemia, a média de crianças privadas de serviços básicos era de 0,7. Durante a pandemia, a taxa subiu par 0,85 que representa um aumento de 15 por cento. O estudo revela que o aumento da pobreza que inclui falta de serviços básicos como água, educação e saúde para o desenvolvimento dos menores, ocorreu em países de baixa e média renda.
A directora-executiva da Unicef, Henrietta Fore, contou que as medidas de combate à pandemia pioraram a situação de pobreza de milhões de crianças. Para a líder da ONG Save the Children, Inger Ashing, as crianças que perderam a chance de educação são levadas ao trabalho infantil e ao casamento prematuro, ficando presos por vários anos num círculo de pobreza. Para Fore, os governos têm que priorizar as crianças mais marginalizadas e famílias vulneráveis expandindo sistemas de protecção social que incluem a transferência de dinheiro, benefícios para a criança, oportunidades de ensino a distância, serviços de saúde e lanche escolar.