Cerca da metade de crianças seropositivas não receberam antirretrovirais no ano passado. Os dados constam de um relatório do Programa Conjunto da ONU sobre HIV/SIDA, que entende que o objectivo de eliminar novas infecções entre crianças está sendo esquecido.A estratégia da agência compreende três fases nomeadamente, Start Free, que é o direito dos bebês de nascerem sem o vírus; Stay Free onde através da prevenção, crianças, adolescentes e mulheres jovens têm o direito de permanecer livres da ameaça; e por fim, AIDS Free, onde os que forem infectados têm o direito a diagnósticos e tratamentos para evitar que o HIV leve ao SIDA.
No passado, os Estados-membros concordaram com metas de prevenção e tratamento. Um desses objetivos era reduzir novas infecções infantis, entre zero e 14 anos, para menos de 40 mil em 2018 e 20 mil em 2020. As estimativas mostram, no entanto, que 150 mil crianças foram infectadas com HIV em 2019. O número representa uma redução de 52% desde 2010, mas é quatro vezes mais do que a meta estabelecida para 2018. Em nota, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, afirmou que a falta de medicamentos pediátricos tem sido uma barreira para melhorar os resultados.