A variante da covid-19 identificada na Africa do Sul pode comprometer a eficácia de pelo menos duas vacinas. Esta é a conclusão de uma estudo publicado, que refere que esta mutação afecta o desempenho dos produtos desenvolvidos pelas farmacêuticas Novavax e Johnson & Johnson, que ainda na sexta-feira anunciaram os primeiros resultados após os testes de fase 3.
O estudo citado pela agência Reuters afirma que a capacidade preventiva de doença pode ser afectada, depois de terem sido feitos testes a participantes na África do Sul.
O director do Instituto Nacional de Alergologia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos já admitiu que estas novas variantes (além da sul-africana, foram detectadas mutações no Brasil e no Reino Unido).
Percebemos que isto é um desafio para nós, afirmou Anthony Fauci.
A Novavax anunciou uma eficácia de 90% contra a covid-19, admitindo que essa eficácia podia ser comprometida para 50% no caso da variante sul-africana.
Já a Johnson & Johnson anunciou uma geral de 66%. Esta eficácia foi, no entanto, muito diferente consoante a região. Se nos Estados Unidos os resultados foram de 72%, na África do Sul o mesmo dado desceu para 57%, corroborando as conclusões do estudo apresentado.
Esta descoberta levanta questões sobre as vacinas que já vão sendo administradas, nomeadamente as da Pfizer e Moderna, que já estão em uso em Portugal, mas também a da AstraZeneca, que deve chegar ao nosso país em poucos dias.