A Agência Metropolitana de transportes de Maputo (AMT) vai introduzir a partir do mês de Novembro do ano em curso um sistema electrónico integrado designado “famba”, para o pagamento de passagem nos transportes públicos e semi-colectivo de passageiros.
O projecto já está em fase de implementação, e até aqui conta com 23 cabines montadadas em várias paragens da cidade de Maputo, falando 26 para totalizar 49 que serão montadas. O projecto vai abrangir os municípios de Maputo, Matola, Boane, Manhiça e Namaacha e também nos Distritos de Matutuine e Marracuene.
No recinto da Agência há também duas cabines que, neste momento, estão a ser condicionadas para de seguida serem instaladas.
“É basicamente um sistema electrónico de pagamento de passagem, as pessoas vão usar o cartão para poder viajar. Este cartão que se chama “famba” é um cartão que não só permite viajar na área metropolitana mas também permite pagar serviços financeiros como é o caso de água, energia, televisão e inclui recarga”, explica o Gestor da bilhética eletrónica, José Nhavotso.
Com a bilhética electrónica, fica dispensado o uso de dinheiro em espécie, sendo que o passageiro terá que dirigir-se ate a esta cabine para o recarregamento do seu cartão “famba”, podendo fazê-lo também via banca comercial bem como agentes autorizados.
Com o “famba”, o passageiro passa a pagar todo tipo de transporte existente na área metropolitana de Maputo numa estratégia de inclusão financeira.
“O cobrador não é dispensado. Estamos a dizer que dentro do sistema vamos eliminar o dinheiro vivo para apanhar o transporte, o cobrador continua lá, ele vai ter um perfil diferente do que se apresenta agora. Também estamos a dizer que tudo aquilo que é transporte vai ser integrado aqui dentro da bilhética electrónica. Claro vamos começar com os autocarros e também queremos integrar as mini-bus, as viaturas mistas que fazem parte do nosso sistema de transporte. Todos esses meios incluindo claro o barco, os comboios e também os “txopelas” e o táxi todos eles vão ser integrados na bilhética eletrónica”, referiu Nhavotso. Ainda salientou que “Um dos benefícios inclui que as pessoas paguem pela distância que ele percorreu, nos temos validadores no sistema onde o passageiro fica saber a distancia percorrida e paga apenas por isso”.
Para os condutores privados não é necessariamente obrigatório o uso desses serviços, porém existam directrizes dadas pela agência e que devem ser observadas. Para o mês de Setembro está prevista a campanha de registo e distribuição dos cartões “famba” pelos passageiros.
Em caso de perca do cartão o dinheiro mantém-se no sistema. E a emissão do primeiro cartão é gratuita e a segunda via é cobrada a uma determinada taxa.