Morreu na madrugada de hoje, quarta-feira, em Maputo, o ex presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), o sheik Abdul Carimo Sau. O ex presidente da CNE estava internado no Instituto do Coração (ICOR) devido a uma afecção congênita pulmonar grave, doença que já tinha sido diagnosticada há um bom tempo, mas sem necessidade de grande intervenção.
Sucede que o seu quadro se complicou e na semana passada chegou ser internado no ICOR. Teve alta na mesma semana, mas com o quadro não muito estável, devido aos elevadíssimos custos que o ICOR está a cobrar nos últimos dias. Nas redes sociais multiplicam-se queixas por causa dos valores que o ICOR está a cobrar aos seus pacientes.
Já em casa, o quadro clínico do sheik Abdul Carimo voltou a se agravar e a família contactou o Mill Park Hospital de Johannesburg, na África do Sul, para evacuação. O hospital sul-africano pediu uma caução de 2.5 milhões de randes, cerca de 10 milhões de meticais, para cobrir custos de uma ambulância aérea e internamento urgente. Mas a família não conseguiu reunir o valor. O Conselho Islâmico de Moçambique lançou uma campanha para angariar esse dinheiro, mas também não foi suficiente. Os familiares chegaram a até a contactar o Governo que o deve ao sheik um subsídio de reintegração, pela função que desempenhou como presidente da CNE, mas não tiveram resposta satisfatória.
Sem alternativa, o Sheik voltou a ser internado no ICOR e nesta madrugada perdeu a vida. Abdul Carimo foi presidente da CNE durante sete anos e o seu elenco colheu muitas críticas incluindo da sua própria comunidade. O Sheik era também Secretário Geral do Conselho Islâmico de Moçambique.
Fonte: Canal Mz