O número representa 10 por cento dos quase 30 milhões de casos registados desde o início da pandemia. A informação consta de um estudo, divulgado esta quinta-feira, pelo Conselho Internacional de Enfermagem. De acordo com o documento, pelo menos mil enfermeiros morreram em 44 países. O documento afirma ainda que o número pode ser muito maior se incluir dados de inúmeras redes de saúde em falta. A organização que tem
levantado as principais preocupações do sector durante a pandemia, denuncia, no estudo, que muitos governos não dão prioridade à prevenção dos trabalhadores da saúde no combate à COVID-19.
Por esta razão, há falta de dados sobre infecções entre os profissionais de saúde em muitos países, dificuldades de acesso a equipamentos de protecção, testes e formação para o combate à doença. O Conselho Internacional de Doenças também denuncia casos de discriminação e agressões contra os trabalhadores infectados e lamenta que, em mais da metade dos países estudados, a COVID-19 não tenha estatuto de doença profissional, dificultando o acesso a indemnizações em caso de morte do trabalhador. Na semana passada, a Amnistia Internacional anunciou ter feito uma investigação que concluiu que mais de sete mil profissionais de saúde morreram em todo o mundo após terem sido infectados.