Moçambique acolheu nos dias 21 e 22 de julho, o XI Curso Internacional de Colposcopia, LEEP e conceitos sobre o rastreio, diagnóstico e tratamento das lesões pré-invasoras do cancro do colo do útero. A formação contou com profissionais de saúde de Moçambique e oriundos de países como Brasil, Portugal, Angola e Cabo Verde.
Esta foi a décima primeira edição da formação que capacitou 335 médicos especialistas. Este ano, devido a pandemia, a formação foi online e abrangeu cerca de 250 participantes moçambicanos. A formação é realizada através de uma colaboração entre o Ministério da Saúde – MISAU, Hospital Central de Maputo, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre do Brasil, PEPFAR, Rice
University e MD Anderson Cancer Center da Universidade do Texas nos Estados Unidos de América. O cancro do colo do útero é o que mais mata em Moçambique. Dados das autoridades sanitárias nacionais, indicam que, em cada 100 mulheres, pelo menos 32 sofrem da doença e, das 100 pacientes que vão a hospital, 64 morrem por causa do diagnóstico tardio e por insuficiência de cuidados de saúde. Só no ano passado, foram diagnosticados em Moçambique, aproximadamente 4900 casos, que resultaram em cerca de 3000 óbitos.