Moçambique está entre os 23 pontos de fome identificados em novo relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e do Programa Mundial de Alimentação (PMA), facto que coloca o país em alerta sobre um aumento da insegurança alimentar aguda no período entre Agosto e Novembro deste ano.
Segundo o relatório, no geral, cerca de 17 milhões de moçambicanos em áreas rurais e urbanas devem enfrentar altos níveis de insegurança alimentar aguda. Destes, cerca de 1,4 milhão de pessoas devem enfrentar insegurança alimentar no extremo norte do país. A situação deve agravar-se, refletindo o aumento da violência, do deslocamento e dos eventos naturais recorrente.
O relatório que identifica Angola como estando na mesma posição que a do país, foi divulgado no início do mês, em Roma, revela que o mais preocupante é que a insegurança alimentar continua a crescer em escala e gravidade devido a conflitos, às repercussões económicas da COVID-19 e à crise climática.
Em relação a Angola, a seca e os desafios macroeconómicos são os principais factores de insegurança alimentar. Este ano começou com 3,8 milhões de angolanos sem comida suficiente, o que levou 62 por cento das famílias a recorrer a estratégias de crise para enfrentar a emergência.