Cerca de noventa e oito milhões de pessoas em África encontram-se numa situação de pobreza extrema. As pessoas precisam de ajuda humanitária urgente. A informação consta de um estudo anual publicado esta quarta-feira, pela Rede Global Contra as Crises Alimentares (GNAFC), em colaboração com várias agências da ONU.
A GNAFC alertou para um cenário crítico este ano. Segundo o Relatório Global sobre Crises Alimentares, em 2020, os conflitos armados, os efeitos económicos e a pandemia da COVID-19, afectaram mais da metade deste número de pessoas que enfrentam pobreza extrema em África.
Países como Nigéria, Etiópia, Zimbábue, a República Democrática do Congo são os que mais sofrem de insegurança alimentar grave. O documento explica que os episódios de escassez de alimentos agravaram-se e ultrapassaram as fragilidades pré-existentes ao longo do ano passado.
Segundo o relatório, o continente africano é a região mais afectada do mundo pela pobreza extrema. Seguida do Médio Oriente, Sul da Ásia, a América Central e Caribe e o Leste Europeu.