Violência baseada no género prevalece na África oriental e meridional durante a pandemia da COVID-19. A violência contra mulheres com deficiência é ainda maior na região. A conclusão é do relatório do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para Mulheres (ONU Mulheres) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), divulgado a 10 de Março.
O relatório analisou dados de 28 países africanos entre Setembro e Dezembro de 2020 para estimar o impacto negativo da pandemia nas mulheres e meninas. O relatório conclui ainda que metade dos entrevistados em todos os países, excepto Moçambique, sentiu que a incidência da violência baseada no género aumentou durante a pandemia.
Os dados apresentados no relatório indicam que quatro em cada dez mulheres relataram ser vítima de violência baseada no género, o que representa 38 por cento. Em Dezembro do ano passado, a Direcção de Mulheres, Género e Desenvolvimento da Comissão da União Africana publicou um estudo sobre violência baseada no género em África.
O estudo conclui que na ocidental de África, antes da pandemia da COVID-19 a violência doméstica, verbal ou física, aumentou de 40,6 por cento para 52,2 por cento.