Com a aproximação da época chuvosa no país, os deslocados da província de Cabo Delgado, mostram-se preocupados, temendo o surgimento das doenças diarreicas. Joaquina Joaquim, de 24 anos, mãe de dois filhos, reassentada no distrito de Mecuf, conta que em 2019, seus filhos contraíram malária e não foi fácil para conseguir ajuda médica.
A aldeia 3 de Fevereiro no distrito de Mecufi, enfrenta o desafio da falta de serviços básicos. A situação está a piorar com a chegada de deslocados devido aos ataques terroristas. Abubakar Age, deslocado de Quissanga, conta que na aldeia tem apenas um Técnico de Saúde, o que dificulta o atendimento aos doentes.
Um terço da população em Cabo Delgado está vivendo fora de suas casas. Em algumas cidades que acolheram os que fugiam da violência, a população chegou a triplicar. As autoridades procuram evitar a eclosão da cólera nos centros de reassentamento.