Cerca de 4,16 milhões de mulheres e meninas correm risco de mutilação genital em todo mundo. Os dados foram divulgados, último sábado, pelas Nações Unidas (ONU) durante a celebração do Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.
Dados da ONU apontam que a prática pode estar presente em cerca de 90 países em todo mundo. Segundo a ONU, as restrições devido à COVID-19, principalmente o encerramento das escolas, aumentam o risco para se realizar a mutilação genital feminina em casa.
De acordo com a ONU, o facto pode aumentar o risco de complicações de saúde, incluindo a transmissão da COVID-19. A Organização das Nações Unidas para Mulheres (ONU Mulheres) pediu que a data seja usada para promover mudanças de comportamento contra a prática.
A ONU Mulheres apelou também para financiamento de iniciativas que ajudam a combater a prática. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a prática consiste em remover parcial ou totalmente a genitália externa feminina ou causar outro dano a esses órgãos. Segundo a OMS, não existem razões médicas para a realização da mutilação genital feminina.