A Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que existem cerca de trinta e oito milhões de pessoas vivendo com o vírus do HIV no mundo. Segundo as estimativas do Ministério da Saúde (MISAU), cerca de dois milhões e 100 mil pessoas em Moçambique vive actualmente com o HIV. O país registou cerca de 98 mil novas infecções do HIV em 2020, no mesmo ano foram registadas 38 mil mortes e 94 mil mulheres grávidas testaram positivo para o HIV.
Desequilíbrio de género no poder expõe mulheres e meninas a maiores riscos de contrair HIV no continente africano. De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/SIDA (UNAIDS), em África seis em cada sete novas infecções entre adolescentes entre 15 e 19 anos de idade são em meninas. Em Moçambique em 2020 os adolescentes e jovens foram responsáveis por 40 por cento das novas infecções por HIV segundo dados do Ministério da Saúde.
“Para além das mudanças físicas e psicológicas comuns da adolescência, as raparigas precisam lidar com a depressão, estresse, estigma, conflitos familiares, sentimento de revolta por não aceitação da doença, o que pode comprometer o tratamento, e deixar as raparigas ainda mais vulneráveis” referiu Dr. Hélder Macul médico afecto ao programa do HIV no MISAU em entrevista ao programa Saúde e Vida.