África pode estar a registar casos de resistência aos medicamentos contra a malária. O alerta é de um estudo feito em Ruanda, publicado na última quarta-feira, no jornal Lancet Infectious Diseases.
O estudo mapeia mudanças semelhantes às que aconteceram há uma década, quando a resistência aos medicamentos contra a malária se espalhou no sudeste da Ásia. Os autores do estudo descobriram que dar a uma criança uma série de medicamentos compostos de artemisinina nem sempre elimina os parasitas da malária de seu sangue em três dias, como deveria.
Os pesquisadores monitoraram o tratamento de 224 crianças com malária com idades entre seis meses e cinco anos em três áreas de Ruanda, nas regiões de Masaka, Rukara e Bugarama. Em dois dos locais, cerca de 15 por cento das crianças ainda apresentavam parasitas detectáveis após três dias.
Os dados enquadram-se nos critérios de resistência parcial ao medicamento estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a OMS, em Novembro do ano passado, o continente africano registou 384 mil mortes por malária das 409 mil mortes a nível mundial.