O continente africano pretende reduzir a importação de vacinas dos actuais 99 por cento para 40 por cento até 2040. A meta foi estabelecida, esta segunda-feira, pelo director do Centro Africano de Controlo de Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), John Nkengasong.
O chefe do África CDC falava durante uma conferência sobre a produção e fabrico de vacinas no continente no contexto da pandemia de COVID-19. Nkengasong lembrou que o continente africano precisa de 1,3 bilião de doses vacinas por ano para combater diversas doenças.
Destas doses, 99 por cento são importadas, apesar de existirem países como Marrocos, Argélia, Senegal, Nigéria, Egito e África do Sul com capacidade para a produção de vacinas e medicamentos. John Nkengasong disse a necessidade do continente produzir vacinas vai além da COVID-19 e inclui a procura de imunização contra o Ébola, a febre amarela, a febre de Lassa entre outros vírus emergentes.
Durante a conferência, o chefe de Estado da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, defendeu a cooperação e coordenação ao nível do continente para fabricação de vacinas. Tshisekedi disse que produção local é a única forma de garantir acesso igualitários às vacinas.