A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 47 milhões de mulheres e de meninas foram empurradas para a pobreza extrema devido à crise de saúde causada pela pandemia da COVID-19.
A avaliação foi divulgada n último domingo, durante a celebração do Dia Mundial da População, marcado a 11 de Julho. Em mensagem para marcar a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou que desde o início da pandemia, foram desviados recursos que estavam destinados a serviços de saúde sexual e reprodutiva.
O Fundo da ONU para a População (UNFPA) destaca que a crise nos sistemas de saúde vem causando duas situações bastante distintas. Segundo o UNFPA, pessoas com acesso a serviços de saúde reprodutiva geralmente optam por adiar uma gravidez. Por outro lado, falhas no acesso a anticoncepcionais, aliadas a temporadas de confinamento, levam a um aumento da taxa de fertilidade entre as comunidades mais vulneráveis.