Moçambique perdeu cerca de 120.000 postos de trabalho devido à pandemia da COVID-19. A estimativa é do Banco Mundial (BM) e foi apresentada, esta terça-feira, na conferência sobre “As Perspetivas Económicas Regionais para África Subsaariana”, organizada virtualmente pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Os sectores que tiveram maior impacto da pandemia são os de hotelaria e turismo, transportes e educação.
O economista principal do BM em Moçambique, Paulo Correa, disse que o impacto da Covid-19 para as empresas e o emprego foi menos devastador para o país, apesar de reconhecer os desafios impostos pela pandemia. Correa disse ainda que a legislação laboral do país ajustou-se à crise.
A interrupção temporária dos contratos e a redução dos salários permitiram preservar muitos postos de trabalho e sobrevivência de muitas empresas. Correia apelou para o foco na protecção do sector privado formal. Para o economista do BM em Moçambique, este sector tem características que tornam difícil a sua recuperação, como é o caso das novas contratações e treinamento de pessoal.