As medidas de prevenção e combate à COVID-19 aumentaram a violência contra a mulher em Moçambique. A conclusão é do Relatório da Amnistia Internacional, divulgado esta terça-feira. Além de Moçambique, o estudo analisou a situação de outros países da região, nomeadamente a África do Sul, Zimbabwe, Madagáscar e Zâmbia.
Segundo o relatório, a pandemia agravou a vulnerabilidade das mulheres e das raparigas e aumentou a violência doméstica, em resultado do confinamento.
Segundo o estudo, Moçambique é um dos países que menos protecção oferece às mulheres e raparigas.O relatório aponta normas sociais e culturais que obrigam as mulheres a se submeterem aos homens, que autorizam o homem a bater na sua esposa, como as causas do aumento da violência contra mulheres e raparigas no país. Além da violência, as medidas de combate à COVID-19, ampliou os problemas como pobreza, desigualdade, crimes e desemprego.