As restrições nas fronteiras como medidas para conter a pandemia da COVID-19 contribuíram para a redução em cerca de 35 por cento do total de refugiados acolhidos no mundo. O número de refugiados baixou de 64 mil em 2019 para 22,8 mil no ano passado e apenas 4,5 mil pessoas foram acolhidas entre Janeiro e Março deste ano.
A informação faz parte de um estudo da Agência das Organizações das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) em parceria com o Banco Mundial, publicado na última quinta-feira. De acordo com o relatório do ACNUR e do Banco Mundial, o impacto socio-económico da pandemia afectou quase todos os aspectos da vida dos refugiados e de outros deslocados, principalmente os que vivem fora dos campos de refugiados.
Segundo o relatório, 57 países ainda não recebem estrageiros e 73 têm acesso limitado. ACNUR elogiou Brasil, Portugal, Moçambique e os Estados-membros da União Europeia por ampliar a validade de documentos de identidade para requerentes de asilo ou concessão de residência.