Quase metade dos países em África interromperam o rastreio e tratamento do cancro infantil e outras doenças devido à pandemia da COVID-19. A informação foi divulgada na última semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS), através de uma nota informativa.
Segundo o documento da OMS, as medidas preventivas para conter o coronavírus no continente fez com que mais da metade dos serviços oncológicos fossem suspensos em, aproximadamente, 13 por cento dos países no continente.
A informação surge num contexto em que uma média de apenas 20 por cento das crianças com algum tipo de cancro no continente sobrevivem. A região da África Subsaariana é a mais afectada do continente. As estimativas da OMS indicam que só em 2020, mais de 28 mil crianças morreram de cancro na região.
O coordenador do Programa de Doenças Não Transmissíveis da OMS em África, Jean-Marie Dangou, lamentou as perdas e salientou que “cancros infantis são cur]aveis se tiverem cuidados abrangentes”.