Cerca de 330 milhões de crianças e adolescentes confinados no contexto da pandemia da COVID-19 correm risco de desenvolver doenças mentais. Os dados constam de uma pesquisa global divulgada esta quinta-feira, pelo Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
De acordo com o estudo, o confinamento trouxe para as crianças e adolescentes a sensação de medo, solidão, ansiedade e preocupação com o futuro. Dados da UNICEF revelam que metade de todos os transtornos mentais se desenvolvem antes dos 15 anos.
A agência da ONU revelou também que a pandemia do novo coronavírus interrompeu serviços essenciais de saúde mental em 93 por cento dos países em todo o mundo. A directora executiva da UNICEF, Henrietta Fore, disse que a falta de serviços de saúde mental acontece num contexto em que a procura por esses serviços aumentou.
Fore acrescentou que é necessário dar atenção à saúde mental das crianças e dos adolescentes. Para responder à necessidade de saúde mental, Organização Mundial da Saúde lançou uma plataforma de serviços de aconselhamento online individual para crianças e adolescentes.