Zimbabwe proibiu a realização de funerais tradicionais para combater o pico da COVID-19. O anúncio foi feito, esta segunda-feira, pelo porta voz da polícia, Paul Nyathi. O anúncio acaba com o costume de as famílias levarem os mortos para suas áreas de nascimento para rituais e cerimónias fúnebres.
A polícia também proibiu a exibição pública de corpos e a tradição de pernoitar na casa da família do morto antes do enterro. De acordo com as autoridades de saúde do país, os casos de infecções não param de aumentar.
O governo do Zimbabwe, só nos primeiros dez dias do ano, o país registou 21.477 casos e 507 mortes. Os dados da Universidade Johns Hopkins revelam que nas últimas duas semanas o país teve um aumento de 0,72 novos casos por 100 mil pessoas.
A directora de epidemiologia e controlo de doenças do ministério da saúde do Zimbabwe, Portia Manangazira, suspeita que o aumento dos casos pode estar relacionado à variante da COVID-19 detectada na África do Sul. Manangazira disse que as autoridades de saúde aguardam os testes para confirmar as suspeitas.