Três em cada 10 recém-nascidos que desenvolvem infecções bacterianas sanguíneas morrem porque os antibióticos usados para tratar a infecção não são mais eficazes. A conclusão é do relatório anual Antibacterial Pipeline da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado na última quinta-feira.
O relatório explica que quase todos os antibióticos disponíveis hoje são variações dos descobertos na década de 1980. O director geral assistente da OMS, Hanan Balkhy, disse que as crianças pequenas não são as únicas afectadas pela resistência das bactérias aos antibióticos.
Balkhy realçou que as pessoas que vivem na pobreza correm maior risco, mas admitiu que qualquer pessoa pode ser afectado. Segundo director geral assistente da OMS, os antibióticos estão em todas as áreas da vida das pessoas, desde tirar um dente no dentista até transplantes de órgãos e quimioterapia contra o cancro.
A OMS e a iniciativa Drugs for Neglected Diseases (DNDi) estabeleceram a Parceria Global de Pesquisa e Desenvolvimento de Antibióticos (GARDP) para desenvolver tratamentos inovadores. O objectivo é fortalecer e acelerar o desenvolvimento de antibióticos por meio de financiamento.