Perto de 7,7 milhões de crianças no continente africano perderam, no ano passado, as primeiras doses de vacinas infantis básicas, como a da difteria, tétano e tosse convulsa, sarampo e poliomielite. A perda de vacinas básicas infantis é maior desde 2009.
O aumento das vacinas perdidas no ano passado em África foi impulsionado por perturbações nos serviços de saúde causadas pela pandemia da COVID-19. Dados do relatório do secretariado da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgados em Julho, mostraram que, entre Janeiro de 2020 e Abril de 2021, oito países africanos relataram grandes surtos de sarampo que afetam dezenas de milhares de crianças, em grande parte devido à baixa cobertura de imunização de rotina ou a campanhas de vacinação atrasadas.
Todos os anos, em África, mais de 30 milhões de crianças com idade inferior a cinco anos padecem de doenças evitáveis pela vacinação. Desse número, meio milhão morre anualmente devido a doenças evitáveis pela vacinação, o que representa 58 por cento dos óbitos no mundo.