Sete a cada 10 crianças em Moçambique vivem sem electricidade, facto que dificulta o acesso aos programas de ensino à distância imposto pela pandemia da COVID-19. A conclusão é do relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) sobre os impactos da pandemia da COVID-19 em crianças em Moçambique.
Segundo o relatório, a falta de alectricidade impede o acesso aos canais básicos de informação, como a televisão e a rádio. De acordo os dados disponíveis no relatório, a cada 74 crianças sem electricidade no país, apenas uma tem acesso à internet, 26 têm acesso à rádio e 16 crianças têm acesso à televisão.
Com as medidas de combate à COVID-19, 65 por cento dos países no mundo adoptaram programas de ensino à distância. Em Moçambique, a suspensão das aulas presenciais como medida de prevenção contra a COVID-19 afectou oito milhões de crianças em todo o país. Deste número, 101 mil são do ensino pré-primário, 6.9 milhões do primário, 1.25 milhões do secundário e mais de 85 mil alunos são do ensino técnico-profissional.