Os governos africanos devem considerar os alimentos como um remédio para combater doenças. A recomendação foi feita, na última quinta-feira, pela professora da Universidade de Tecnologia de Tshwane, Grace Mwaura, durante o lançamento de uma pesquisa da Academia Africana de Ciências e da Agência de Desenvolvimento da União Africana sobre nutrição, em África.
A professora citou exemplo de países asiáticos e americanos que tiveram aumento de doenças não transmissíveis devido às mudanças nos padrões tradicionais de alimentação. Segundo a professora, os países dessas regiões confiaram mais em alimentos processados industrialmente e produtos geneticamente modificados que causam doenças como a diabetes e a hipertensão.
A gerente do Programa de Prioridades Científicas da Academia Africana de Ciências, Deborah-Fay Ndlovu, explicou que além das culturas tradicionais como é o caso do milho, feijão, soja e amendoim que são abundantes em países como Moçambique, Malawi e Zâmbia, os governos devem promover o consumo de algas marinhas, cogumelos e insectos comestíveis como grilos e lagartas. Os nutrientes desses alimentos podem diversificar a dietas e tratar as deficiências de micronutrientes em comunidadesrurais pobres.