A Organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), alertou esta quinta-feira, para a situação de milhares de deslocados de guerra dispersos em áreas de difícil acesso, devido à insegurança, na província de Cabo Delgado.
O representante da organização em Moçambique, Alain Kassa, disse, durante o seminário sobre a situação humanitária em Cabo Delgado, organizado pelo Instituto de Estudos Económicos e Sociais (IESE), que os distritos de Mocímboa da Praia, Muidumbe, Macomia e Quissanga são os que acolhem refugiados sem acesso a nenhum tipo de assistência humanitária, porque são os mais duramente atingidos pela acção de grupos armados.
A alimentação, água, cuidados de saúde, higiene, actividades de geração de renda e abrigo constituem os bens necessários com maior urgência para os deslocados. Kassa referiu igualmente a necessidade de vacinação dos deslocados de guerra, contra várias doenças que os mais de 600 refugiados se debatem.
A organização defende que há uma grande necessidade de se adoptar uma abordagem inclusiva na assistência humanitária as vítimas dos ataques dos insurgentes que vem acontecendo desde 2017, naquele ponto do país.