Moçambique é o melhor colocado entre os países lusófonos em termos de participação feminina na política. O estudo “rápido” é da autoria do jornal brasileiro Folha de São Paulo que conclui que ao nível do parlamento as mulheres ocupam 42 por cento de assentos e em Ministérios elas lideram 45,5 por cento das pastas.
O estudo faz uma viagem do tempo, concretamente no tempo colonial, para explicar esta posição que as mulheres podem ostentar em grande escala. Isabel Casimiro, professora da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e Especialista em Género, diz que a luta de libertação não foi o primeiro passo das mulheres, elas já vinham actuando em diferentes sectores.
Com a libertação nacional e o decorrer de muitas décadas, a permanência das mulheres na política teria sido impulsionada por organizações sociais pulsantes que pressionavam por participação activa. Na altura, as mulheres moçambicanas constituíam quase a metade do total das mulheres hoje.
Nas 11 províncias apenas três são governadoras, nas assembleias provinciais elas somam 35 por cento das 794 cadeiras. As percentagens despencam em nível municipal. Dos 53 Conselhos Municipais, apenas cinco são presididos por mulheres, e elas estão em 33 por cento de cerca de 1300 assentos