Moçambique precisa de uma revolução climática urgente para travar a vulnerabilidade ao impacto das mudanças climáticas. O apelo foi feito, último sábado, por activistas ambientais do país. A posição surge em resposta ao Índice de Risco Climático Global, divulgado na semana passada pela GermanWatch.
O Índice coloca Moçambique em primeiro lugar na lista dos países mais vulneráveis às alterações climáticas. O director da Cooperativa de Educação Ambiental Repensar, Carlos Serra Júnior, considera o estudo bastante consistente com a realidade que o país vive em termos de impactos.
O responsável pela área de mudanças climáticas na Livaningo, Clemente Ntauazi, defende que o país deve mobilizar, sem demoras, sinergias internas e externas para travar a emergência climática.
A localização costeira, a fragilidade das infraestruturas públicas e das habitações, aliado a devastação florestal e a extração de recursos naturais sem nenhuma estratégia de reposição do ecossistema são apontadas como principais causas das alterações climáticas. Depois de ter sido afectado em 2019 por dois dos maiores ciclones que já se abateram sobre o país (Idai e Kenneth), que fizeram cerca de 700 mortos. O país procura agora, se reerguer dos rastos deixados pelo ciclone Eloise, que afectou as províncias de Sofala, Manica e Zambézia.