Cerca de 114 pessoas albinas desapareceram em Moçambique desde 2014. Os dados foram divulgados, esta quinta-feira, pela Comissão Nacional dos Direitos Humanos, durante um evento sobre situação do albinismo no país.
A representante do presidente da Comissão Nacional dos Direitos humanos, Sheila Massuque, disse que das 114 pessoas albinas desaparecidas, apenas 58 casos foram denunciados às entidades competentes. Massuque acrescentou que a problemática do albinismo continua preocupante.
O secretário permanente do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Manuel Malunga, garantiu que há iniciativas para proteger os cidadãos albinos na sociedade. Em junho de 2019, a Human Rights Watch divulgou um relatório que denunciava que as pessoas albinas são discriminadas, estigmatizadas e rejeitadas na sociedade.
Segundo a Amnistia Internacional, cerca de 30 mil albinos foram discriminados e marginalizados em Moçambique, em 2018. Os dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que existem cerca de 20 mil indivíduos albinos, em Moçambique.