Vinte e cinco países do mundo alocaram mais dinheiro para o serviço da dívida do que para educação, saúde e protecção social. A conclusão é do relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), divulgado na semana passada.
Chade, Gâmbia, Haiti e Sudão do Sul são alguns dos países com os maiores pagamentos do serviço da dívida. De acordo o relatório, os países endividados também cortaram gastos em sectores como protecção infantil, nutrição e água, saneamento e serviços de higiene.
A directora executiva da UNICEF, Henrietta Fore, disse que o impacto das dívidas deixa as crianças, suas comunidades e seus países com poucas esperanças de alcançar o desenvolvimento económico e social sustentável.
Em resposta à emergência económica derivada da pandemia, os países do G20 concordaram com uma iniciativa para suspender o serviço da dívida para o período de Abril de 2020 a Junho de 2021. Até a data do lançamento do relatório da UNICEF, apenas 46 nações, reuniram as condições para se beneficiar do programa.