Falta de financiamento pode interromper a assistência alimentar aos deslocados em Cabo Delgado. O alerta é do Programa Mundial de Alimentação. São necessários 121 milhões de dólares que devem ser enviados para a região até fim deste ano.
A agência receia que, sem recursos, já no próximo mês seja reduzida ou cortada a assistência alimentar aos deslocados. O chefe do PMA, David Beasley, que visitou Cabo Delgado em Junho, contou que o conflito destruiu os empregos, as vidas e as esperanças dos moçambicanos para o futuro.
David Beasley acrescentou que os insurgentes destruíram famílias, queimaram suas casas, facto que provocou traumas em crianças e mortes de pessoas. Segundo o chefe do PMA, com as famílias totalmente dependentes de apoio humanitário, uma eventual interrupção pode deixar a crise fora de controle. Muitas famílias ainda continuam a fugir da violência a região. Recorde-se que Cabo Delgado é alvo de ataques armados desde 2017, alguns deles reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.