Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), seis em cada 10 mulheres em África dão à luz em casa, e duas em cada três mulheres que necessitam de cuidados obstétricos de emergência não os recebem.
A equipa do programa Saúde e Vida constatou que no distrito de Monapo, na província de Nampula, as mulheres grávidas percorrem mais de 16 km a pé para alcançar uma unidade sanitária. Este facto constitui uma das principais causas de partos não institucionais. Como consequência, as mulheres acabam tendo trabalho de parto prolongado.
Um dos ferimentos mais graves decorrentes de um parto prolongado é a fístula obstétrica, uma lesão que causa incontinência urinária, dor crónica, depressão, isolamento social. O Fundo das Nações Unidas para População (UNFPA) estima que anualmente ocorram cerca de 2.500 novos casos de fístula obstétrica no país.
Entretanto, a assistência profissional especializada durante o parto e imediatamente a seguir ao parto, pode salvar vidas de muitas mães e bebés e evitar complicações. No programa Saúde e Vida desta semana, saiba como a gravidez e o parto seguro contribuem para a prevenção de complicações causadas por um parto prolongado, e conheça a “casa mãe espera” do Centro de Saúde de Natete no distrito de Monapo.