A taxa de cobertura de novas utentes em planeamento familiar reduziu em nove por cento no ano passado, em comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde no último Anuário Estatístico de Saúde.
O país registou 2,8 milhões de novas utentes nos serviços de planeamento familiar em 2019, contra 2,3 milhões em 2020. A cidade de Maputo e as províncias de Nampula, Sofala e Maputo registaram as menores taxas de cobertura no ano passado. Estimativa global indicam que metade das mulheres em todo o mundo é incapaz de decidir sobre a adesão aos métodos de planeamento familiar.
As leis, políticas e normas de género dificultam que a mulher tome decisões por conta própria. A adesão ao planeamento familiar impede a gravidez indesejada e reduz o índice de mortes de mães e bebés. Na semana passada, a Embaixada dos Estados Unidos de América (EUA) em Moçambique lançou o projecto Planeamento Familiar Melhorado nas províncias de Sofala, Zambézia e Nampula. O objectivo é melhorar a saúde materna e infantil no país e capacitar mulheres e casais a fazerem as suas próprias escolhas sobre a sua saúde reprodutiva.