Um em cada cinco casamentos no mundo envolve uma noiva criança. Os dados constam do último relatório do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), denominado “Estado da População Mundial”.
Em Moçambique, os números são ainda maiores. Quatro em cada 10 raparigas no país casam-se antes dos 18 anos. As uniões prematuras são consideradas um acto de violência física e psicológica com pleno conhecimento e consentimento dos seus familiares, amigos e da comunidade.
O casamento prematuro contribui para o índice de abandono escolar das raparigas, é a principal causa de infecções de doenças sexualmente transmissíveis e aumenta o risco de morte devido as complicações durante a gravidez que resulta desta união.
O director executiva do FNUAP, Natalia Kanem, em comentários sobe o relatório, disse que as famílias olham para o casamento como uma forma de garantir o futuro da menina, mas o resultado é o contrário. Kenen explicou que a menina que é submetida ao casamento prematuro abandona a escola, os amigos e enfrenta problemas de saúde para toda a vida.