Uma em cada quatro pessoas poderá não receber vacina contra a COVID-19 no mundo até pelo menos 2022. Os dados constam de um estudo divulgado, na última terça-feira, pelos pesquisadores da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, dos Estados Unidos da América.
Segundo os pesquisadores da Johns Hopkins, o facto poderá ocorrer porque os países ricos, com menos e 15 por cento da população global, reservaram 51 por cento das doses das vacinas mais promissoras. Os países de renda baixa e média, que abrigam mais de 81 por cento da população mundial, terão de compartilhar os restantes 49 por cento das doses de vacinas.
Os pesquisadores informaram que mesmo que as vacinas dos principais fabricantes atinjam a sua capacidade máxima de produção projectada, quase 25 por cento da população mundial poderá não receber por um ano ou mais. No passado dia 08, o ministro moçambicano da saúde, Armindo Tiago, informou que o pais vai começar com a vacinação entre junho e julho de 2021. Segundo Tiago, Moçambique terá direito a seis milhões de doses de vacina, o correspondente a 20 por cento da população.