h2n apoia as rádios comunitárias a capacitar comunicadores e agentes de mudança
O projecto dos Centros Juvenis (CJ) da h2n continua expandir-se para novos distritos de Cabo Delgado, apesar dos desafios impostos pela COVID-19 e conflitos nalgumas regiões da província. Depois das Rádios Comunitárias (RCs) Mecúfi, Sem Fronteiras e Balama, mais um CJ foi estabelecido na RC de Nangade.
A iniciativa da h2n fornece treinamento e orientação em comunicação, jornalismo radiofónico e de televisivo, habilidades para a vida e participação cívica para jovens. Segundo Mana Clara Sadia, gestora do projecto, os Centros Juvenis têm o objetivo de treinar a próxima geração de comunicadores e agentes para mudança social.
Para Sadia, a implementação dos centros não teria sido possível sem as parcerias de longa data da h2n com as rádios comunitárias da província. Sadia acrescenta que os CJ proporcionam aos jovens oportunidades de emprego e educação essenciais para a estabilidade e o progresso a longo prazo. O Projecto de CJ é uma iniciativa da h2n com o financiamento da OSISA.
COVID-19: OMS defende o acesso equitativo da futura vacina
A directora para África da Organização Mundial de Saúde (OMS), Matshidiso Moeti defende o acesso equitativo a uma futura vacina para a COVID-19. Segundo Moeti a medida que a comunidade internacional se reúne para desenvolver vacinas e medicamentos seguros e eficazes para a COVID-19, deve haver um foco na igualdade da sua possível distribuição. A responsável explicou que frequentemente os países africanos ficam no fim da fila para
o acesso à novas tecnologias, incluindo vacinas.
Para Moeti, os produtos que salvam vidas devem estar disponíveis para todos e não apenas para aqueles que podem pagar. A OMS e parceiros lançaram o Acelerador de Acesso a Ferramentas COVID-19 (ACT, na sigla em inglês) com o objectivo de acelerar o desenvolvimento, produção e acesso equitativo a diagnósticos, medicamentos e vacinas para a COVID-19.
A organização está também a trabalhar com a Aliança para as Vacinas (GAVI) e outras organizações para assegurar uma distribuição justa de vacinas a todos os países, com o objetivo de fornecer dois mil milhões de doses a nível mundial para populações de alto risco, incluindo mil milhões para países de rendimento médio e baixo.A nível mundial, existem quase 150 candidatos à vacina COVID-19 e actualmente 19 estão em ensaios clínicos.
MISAU lança campanha de comunicação “Indetectável é Igual Intransmissível (I=I)”
O Ministério da Saúde lançou, na Sexta-feira, 10 de Julho, a Campanha de Comunicação “Indetectável é Igual Intransmissível ”. A campanha visa divulgar informações sobre a carga viral indetectável.
As mensagens visam garantir que as pessoas tenham conhecimento que quando uma pessoa que faz tratamento antirretroviral (TARV) de HIV atinge a carga viral indetectável, a chance de transmitir o vírus, por via sexual, para outra pessoa que não tem é zero.
O TARV permite que as pessoas que vivem com HIV recuperem a sua carga viral, ao ponto de se tornar indetectável ao teste. Segundo o Ministro da Saúde, Armindo Tiago a supressão viral é um avanço na resposta global a epidemia do HIV.
Mas este avanço só pode produzir benefícios se todos e em particular as pessoas vivendo com HIV tiverem a consciência disso e fizerem o tratamento. Segundo Armindo Tiago, com a campanha, espera-se aumentar a demanda para os serviços de testagem de HIV, a adesão ao TAVR melhorar o acesso universal e a adesão aos serviços de HIV.
De acordo com a mesma fonte, espera-se, igualmente, aumentar a autoestima e reduzir o estigma em relação às pessoas vivendo com HIV. Estima-se que 2.3 milhões de pessoas estejam infectadas pelo HIV em Moçambique, colocando o País entre os 8 mais afectados no Mundo.
SABIA QUE…
A continuação do tratamento antirretroviral (TARV) é essencial para manter uma carga viral indetectável? O TARV, quando feito correctamente, pode reduzir a quantidade do HIV no sangue para níveis tão baixos que se tornam indetectáveis. Permanecer no tratamento é importante para evitar a replicação do vírus. Mesmo quando a carga viral é indetectável, o HIV ainda permanece no corpo, em estado latente. Quando o TARV é interrompido, o vírus volta a multiplicar-se, tornando-se novamente detectável. Nesse caso, o vírus torna-se resistente aos medicamentos usados anteriormente.